Primeiro Post!

Sendo este o meu primeiro post achei por bem apresentar-me. Recorri a uma imagem e uma palavra para ajudar no processo.
É verdade… Eu defino-me como um cubo, ou melhor, um “paralelo”. Claro que sou burro como um calhau! Mas não é a isso a que me quero referir, e já que falo para iguais; sabem porque é que os paralelos da rua são cúbicos?
A resposta é simples. A forma segue a função. Um cubo tem seis lados, sempre que um deste fica gasto ou danificado, roda-se e já está pronto para novo uso, design perfeito.
É desta forma que traço o paralelo entre mim e o “paralelo” da rua. Quem na vida já não sentiu na pele, uma parte de si demasiado gasta ou danificada pela vida, teve de mostrar outra face e começar de novo!? Lógico que a face danificada fará sempre parte de nós, e apesar de não visível, faz parte daquilo que somos. Simples calhaus, grãos de areia na engrenagem universal, calcados e desgastados pelo tempo, recusamos mostrar tais faces aos nossos semelhantes. No fundo somos todos feitos do mesmo! De que vale mostrar aquilo que toda gente vê evidentemente reflectido por todo lado…
A palavra “paralelo” é daquelas palavras ambíguas, difíceis de definir e delinear. Representa a singularidade e pontos tangenciais entre circunstâncias, pessoas, incidentes, acontecimentos e vidas. Aproprio-me desta como um potencial sinónimo de “coincidência”; algo em que não acredito, por isso em vez de empregar “coincidência”, emprego “paralelo”. Vivemos vidas em que não tocamos em ninguém, não existem pontos de coincidência, existem paralelismos. Vidas que por vezes seguem a mesma direcção, mas cada um segue o seu próprio caminho, nunca se tocam, olhamos para o lado e lá estão familiares, amigos, companheiros, etc. Mas lá por os “paralelos” da rua encontrarem-se entre outros, cada um possui a sua singularidade, as suas faces. Esses paralelismos, ajudam a definir um caminho, uma “rua” nas nossas vidas, mas a qualquer momento um imprevisto ou vontade própria, saltamos fora desses caminhos, mudamos de face, e os nossos iguais deixam de se identificar e nós com eles, e subitamente somos considerados outsiders, rejeitados, marginais, freaks, etc. Só porque resolvemos mostrar aquilo que somos.

(Foda-se tanta lamexisse deixou-me cansado) Hufaaaaa…

Pronto estão a ver que é aqui que vou despejar todo o lixo emocional, alegrias e tristezas, frustrações e vitórias. Pá… Nada que nunca tenham lido ou visto. Por isso siga para outro blog que aqui não há nada de novo :P só espero que se divirtam e entretenham tanto como eu a faze-lo.
De resto Bjinhus nas pombas e vão deixando bocas foleiras.

Ass. Láu

quinta-feira, 12 de abril de 2007